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Prevenção do Câncer

 Por Sodré Gonçalves 

  

  

 

Preparei este  gráfico de alimentos anti-inflamatorios que inibem o crescimento de celulas cancerosas,  por serem antinflamatórios, revelando  a capacidade dos alimentos de impedir o crescimento de celulas cancerosas, e também impedindo a multiplicação de  celulas normais (obesidade) . Ele foi baseado nas pesquisas e publicações na revista Nature e no seu livro "Alimentos contra o Câncer" que contém  diversos gráficos dos doutores Richard Beliveau e Denis Gingras divulgadfos tambem no best seller "anticancer" do Dr David Servan Schireiber.

Foram colocadas in vitro células de órgãos diferentes sob a ação fitoterápica destes  alimentos e verificou-se a capacidade maior ou menor de certos alimentos de inibir a multiplicação celular. Os numeros refletem o percentual de inibição, para -100, inibição total.

 

O Dr Richard conta que quando descobria uma molécula sintetizável contra o cancer, chovia de verbas para pesquisas convalidatorias, mas quando descobria moleculas fitoterápicas presentes em alimentos, não havia nenhuma verba ou ajuda para bancar as caras pesquisas demonstradoras da eficacia das mesmas. Ele ainda conta que foi a vida que fez com que ele e seu sócio gastassem 200 milhões de dólares do proprio bolso, ele perdera um amigo com câncer e logo em seguida foi designado a trabalhar num hospital de cancer infantil.

 

A razão do porquê que existe tal negligencia com fitoterápicos é que plantas. em geral,  não dão lucro aos laboratorios que precisam  lucrar para poderem empreender pesquisa cientifica. Em média de gasta meio bilhão de dólares para se convalidar uma fórmula de remedio contra o câncer, logo, tem que haver no fim das contas um medicamento caro que compense este gasto.

 

Então, por mais que o alho seja forte medicamento contra diversos tipos de câncer, ele nunca receberá a atenção científica que mereça, pois que vai ser vendido na mercearia da esquina por uma bagatela.

 

O problema vai mais longe, quando descobrimos que alunos de medicina vão a faculdade aprender o que é cientifico, mas infelizmente muitos se esquecem que o que é científico muitas vezes, só o é, porque fez parte de um processo de pesquisa que daria lucro.

 

Logo, muitas sabedorias milenares quanto a alimentos, plantas curativas e outros processos de tratamento, se perdem caso não se conjugue o custo-beneficio na hora de se trabalhar pela saúde humana. Inflelizmente o sistema de saúde está escravizado pelos seus custos.

 

Estes alimentos da tabela  são anti-inflamatorios, e portanto, impedem quadros inflamatorios que induzem a multiplicação celular inclusive são muito úteis para quem não quer engordar. Células cancerosas muitas vezes buscam desenfreadamente se multiplicarem e uma dieta anti-inflamatoria portanto é fundamental para que haja um freio nesta tendencia.

 

"Pesquisas recentes têm identificado muitas moléculas contidas nos vegetais como capazes bioquimicamente de interceptar ou minimizar os efeitos nocivos de substâncias tóxicas e carcinogênicas. Grande parte destas pesquisas foi realizada no laboratório do Dr. Richard Béliveau, situado em Montreal, Canadá. O Dr. Richard Béliveau é um especialista de grande projeção na área do câncer e titular da Cadeira de Prevenção e Tratamento do Câncer da Universidade de Quebec, em Montreal, onde também é professor de Bioquímica. É professor também na Faculdade de Medicina da Universidade de Montreal (Departamento de Cirurgia e Departamento de Fisiologia) e diretor do Laboratório de Medicina Molecular, no Serviço de Hematooncologia do Centro de Cancerologia Charles-Bruneau, do Hospital Sainte-Justine.

Algumas descobertas sobre determinados vegetais:

* As couves (de Bruxelas, chinesa, brócolis, couve-flor, etc) contém sulforafane, glucosinolatos e índole-3-carbinol (13C), que são poderosas moléculas anticâncer. Têm a capacidade de desintoxicar certos cancerígenos e impedem a evolução de células pré-cancerosas em tumores malignos.
*Alho, cebola, alho-poró, cebolinha - os compostos sulfúricos dessa família (aliáceos), reduzem em parte os efeitos cancerígenos das nitrosaminas e compostos N-nitroso que se formam sobre as carnes excessivamente grelhadas ou durante a combustão do tabaco.
Cenouras, brócolis, batata-doce, melão e damasco – especialmente ricos em beta-caroteno, Frutas, verduras e legumes frescos são especialmente ricos em vitamina C, que além da capacidade de agir sobre as células cancerígenas, tem o poder de aumentar o potencial anticancerígeno de outros compostos presentes na alimentação. A ingestão desses alimentos pode impedir que o DNA seja danificado, detendo o início e a evolução do câncer.
*Morangos e framboesas tem ácido elágico, um polifenol, que é um desintoxicador para as células e bloqueia a transformação de diversos cancerígenos do meio ambiente em substâncias tóxicas para as células, impedindo assim de agir sobre o DNA, onde podem perigosamente induzir mutação dos genes. É uma super-molécula de ações múltiplas.
*As cerejas contém ácido glucárico, que tem a capacidade de desintoxicar o organismo dos xenoestrógenos presentes no meio ambiente
* Segundo o químico alemão Michael Peuser, a babosa é o vegetal com maior capacidade de interceptar substâncias nocivas que induzam ou promovam o câncer. É um poderoso desintoxicante, anti-séptico e tônico para o sistema nervoso. Também tem propriedades imunológicas e antivirais. Possui também alto teor de mucopolissacarídeos (o mais importante é o acemannan) e também ligninas, enzimas, vitaminas, minerais e aminoácidos.

O Dr. Richard Passwater, que foi o primeiro cientista a descobrir que as vitaminas C e E atuam em conjunto, acredita que o efeito sinérgico do aumento do consumo de “Adaptógenos”, incluindo vitaminas e minerais antioxidantes, acompanhadas de redução consciente dos agentes carcinógenos, pode deter a epidemia de câncer e reduzir seu risco até 70%. Isso acontece porque a força sinérgica (nutrientes atuando em conjunto) é muito maior que a soma total do efeito de cada nutriente isolado".

O neuropsiquiatra Dr.David Servan-Schreiber, estava condenado a morte pela oncologia moderna, no entando apelou para práticas alternativas e terapias complementares aos tratamentos convencionais e está vivo até hoje, ele é o  autor do livro “Anticâncer” e " colocou em prática na sua vida estas descobertas e têm conseguido manter sob controle um câncer tido com letal. Decidiu também evitar todos os alimentos promotores de câncer, entre eles o açúcar, leite, alimentos refinados, processados, industrializados, carne e derivados não orgânicos, entre outros".

 


 

Fontes:
Os alimentos contra o câncer (Richard Béliveau Ph.D e Denis Gingras Ph.D)
Diga Não ao câncer (Patrick Holford)
Agrotóxicos, Mutações, Câncer e Reprodução  (Cesar Koppe Grisolia)
Anticâncer (David Servan-Schreiber)
100% saúde (Patrick Holford)
Os capilares determinam nosso destino (Michael Peuser)

Jornada Contra o Câncer (Lidionete Costa)http://jornadacontraocancer.blogspot.com/2010/05/como-conter-crescente-epidemia-de.html#uds-search-results 

Uma Saída para o Câncer (Sodré Gonçalves) http://www.portaleducacao.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=553

 





NETO, G B S Sodré;  Estudo de Prioridades nos Tratamentos de Câncer e dos principais Fatores críticos  para melhor funcionamento do  Sistema Imunológico.

 

Uma Saída para o Câncer
Tratamentos que Estimulam, Fortalecem e Facilitem o Trabalho do Sistema Imunológico
Célula T8 assassinando uma célula cancerosa - Recursos que vc tem!
 

  




 1.       Introdução
 1.2     O Bom assassino (célula t8)
       1.2.1  O Incrível Sistema Imunológico
       1.2.2  O que impede o sistema imunológico de atuar
       1.2.3  O que estimula o sistema imunológico
       1.2.3  Cicatrização e Câncer
       1.2.4  Angiogênese e Crescimento de Novos Vasos Sanguínos
       1.2.5  Apoptose, o Planejado Suicídio
       1.3     Novas Perspectivas Genéticas ligadas ao Câncer e 5000 doenças            
 2.     "Tratamentos" Atuais. Enfraquecimento do SI e Metástases  
 2.1      O câncer é comum a todos os vivos
 2.2      Pessoas Boazinhas Demais
 2.3      Noticia -> Cirurgia -> Quimioterapia -> radioterapia -> Morte
 2.6      Prioridades em Tratamentos
       3.  Epistemologia, Tradição e  Descobertas  sobre a atuação do sistema  Imunológico 
       4.  Projeto Genoma 
4.1       Uma Nova Perspectiva das Doenças
4.2       Causas e Prevenções para o  Câncer
      5.   Maneiras de se Combater o Câncer e Diversas Doenças
      5.1.      Imediato regime de desintoxicação. (Método Rômulo França).
      5.1.1 .  Uso Abundante de água
      5.1.2    Água estruturada e não estruturada (Dr José Fellipe Junior)
      5.1.3    Sol 
   5.1.3    Ar puro e Exercícios Respiratórios
   5.1.4    Prática Milenar do Jejum
   5.1.5    Organização, Higiene e Sistema Imunológico
   5.1.6.   Exercícios e atividades
   5.1.7.   Regime 
   5.1.8.   A Importância da Calma 
   5.1.9    Carne e Câncer
   5.2       Sono Reparador e Sistema Imunológico
   5.2.1    Televisão
      5.2.2    Traumas Sentimentais  
      5.2.3    Níveis de Sono
      5.3       Hidrocólon e limpeza Intestinal
      5.3.1    Prisão de Ventre
     5.3.2   Câncer de cólon
     5. 4.    Plantas Medicinais
      5.4.1  Genoma das angiospermas
      5.4.2   Fitoterapia e apoptose 
      5.5      Equilíbrio diagênico
      5.6.     Lugar de Tratamento
      5.6.1   Stress, Noradrenalina e Cortisol
      5.7.     Família
      5.7.1   Câncer e Mágoa
      5.8.     Acompanhamento psicológico 
      5.9.     Aminoácidos e o gene p-53 (Dr. José Guerra).
5.10     Custo-benefício nas opções de tratamentos 
5.11     Estudo ortomolecular e nutricional 
  5.12     Fundamentos Científicos da Auto-hemoterapia e seus perigos quanto a metastases
     5.12.1  Como Caminha a Ciência
     5.12.2  Artigo citado pelo Dr Jesse Teixeira
     6.    Biblioteca do Câncer
      7.  Projeto de Tratamento Multidisciplinar
***O resumo acima em breve terá terceira edição contando com 205 referencias bibliográficas, a maioria de artigos científicos publicados em revistas com "peer review".
Câncer - Bibliografia 


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O Câncer é uma Doença Evitável que Exige Mudanças Importantes no Estilo de Vida.

 

Preetha Anand,1 Ajaikumar B. Kunnumakara,1 Chitra Sundaram,1 Kuzhuvelil B. Harikumar,1 Sheeja T. Tharakan,1 Oiki S. Lai,1 Bokyung Sung,1 and Bharat B. Aggarwal1,2

 

Recebido em 14 de maio de 2008; aceito em 9 de junho de 2008; publicado online em 15 de julho de 2008.

 

Resumo

Este ano, mais de 1 milhão de americanos e mais de 10 milhões de pessoas no mundo é esperado serem diagnosticados com câncer, uma doença que normalmente, crê-se ser evitável. Somente de 5–10% de todos os casos de câncer são atribuídos a defeitos genéticos, considerando que o restante, 90-95%, têm suas raízes no ambiente e estilo de vida. Os fatores do estilo vida incluem fumaça do cigarro, alimentação (frituras, carne vermelha), álcool, exposição solar, poluição ambiental, infecções, estresse, obesidade e sedentarismo. Evidências indicam que de todas as mortes relacionadas com câncer, aproximadamente de 25-30% são devido a infecções. A percentagem restante é de outros fatores ligados a radiação, estresse, atividade física, poluição ambiental, etc. Portanto, a prevenção do câncer requer parar de fumar, aumentar a ingestão de frutas e vegetais, uso moderado de álcool, restrição calórica, exercício, evitar  exposição direta a luz solar,diminuir o consumo de carne, uso de grãos integrais, uso de vacinas e exames regulares. Nesta revisão, apresentamos evidências de a inflamação é o link entre fatores/agentes que causam câncer e os agentes que o previnem. Além disso, damos evidências de que o câncer é uma doença evitável que requer importantes mudanças no estilo de vida.

 

Abstract

This year, more than 1 million Americans and more than 10 million people worldwide are expected to be diagnosed with cancer, a disease commonly believed to be preventable. Only 5–10% of all cancer cases can be attributed to genetic defects, whereas the remaining 90–95% have their roots in the environment and lifestyle. The lifestyle factors include cigarette smoking, diet (fried foods, red meat), alcohol, sun exposure, environmental pollutants, infections, stress, obesity, and physical inactivity. The evidence indicates that of all cancer-related deaths, almost 25–30% are due to tobacco, as many as 30–35% are linked to diet, about 15–20% are due to infections, and the remaining percentage are due to other factors like radiation, stress, physical activity, environmental pollutants etc. Therefore, cancer prevention requires smoking cessation, increased ingestion of fruits and vegetables, moderate use of alcohol, caloric restriction, exercise, avoidance of direct exposure to sunlight, minimal meat consumption, use of whole grains, use of vaccinations, and regular check-ups. In this review, we present evidence that inflammation is the link between the agents/factors that cause cancer and the agents that prevent it. In addition, we provide evidence that cancer is a preventable disease that requires major lifestyle changes.

 

DESCRITORES: Câncer; fatores de risco ambientais; fatores de risco genéticos; prevenção.

 

 

 

INTRODUÇÃO

Depois de ter sequenciado seu próprio genoma, o pesquisador pioneiro do genoma, Craig Venter, fez a seguinte observação à frente da a conferência do século XXI, “A biologia humana é atualmente mais complicada do que se possa imaginar. Todo mundo fala sobre os genes que receberam de seus pais, por um traço ou outro. Mas na verdade, esses genes têm muito pouco impacto sobre os resultados da vida. Nossa biologia é uma estrada tão complicada que se relaciona com centenas de milhares de fatores independentes. Os genes não são absolutamente o nosso destino. Eles podem nos dar informações úteis sobre o risco elevado de uma doença, mas em muitos casos eles não determinarão a causa atual da doença ou a incidência atual de alguém adquiri-la. A maior parte da biologia vem da interação complexa de todas as proteínas e células que trabalham com fatores ambientais, não conduzida diretamente pelo código genético”,

(http://indiatoday.digitaltoday.in/index.php?option=com_content&task=view&isseid=48&id=6022§ionid=30&Itemid=1).

Esta declaração é muito importante porque analisa o genoma humano como solução para a maioria das doenças crônicas, incluindo diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer. Isso é muito enfatizado no mundo atualmente.

Estudos observacionais, contudo, indicam que assim como migramos para um país ou outro, nossas chances de sermos diagnosticados com o máximo de doenças crônicas não é determinado pelo país de onde viemos, mas por aquele do qual migramos 14. Além disso, estudos com gêmeos idênticos sugerem que os genes não são a fonte da maioria das doenças crônicas. Por exemplo, a concordância entre gêmeos idênticos para câncer de mama, descobriu-se ser de apenas 20% 5. Ao contrário de nossos genes, nosso estilo de vida e o ambiente respondem por 90-95% da maioria de nossas doenças crônicas.

O câncer continua a ser um assassino mundial, apesar da enorme quantidade de pesquisa e os rápidos desenvolvimentos vistos durante a década passada. De acordo com estatísticas recentes, o câncer conta com aproximadamente 23 % do total de mortes nos EUA e é a segunda causa mais comum de morte, seguida pelas doenças do coração 6. As mortes relacionadas por doenças do coração, contudo, têm abruptamente diminuído tanto em populações idosas quanto em jovens nos EUA de 1975 até 2002. Em contraste, nenhuma diferença apreciável em taxas de mortes por câncer tem sido observada nos Estados Unidos 6.

Até 2020, espera-se que a população mundial aumente para 7,5 bilhões; deste número, serão diagnosticados aproximadamente 15 milhões de novos casos de câncer e 12 milhões de pacientes com câncer morrerão (7). Esta tendência da incidência de câncer e das taxas de mortalidade faz-nos lembrar novamente do acórdão do Dr. John Bailer, em maio de 1985, no Programa Nacional de Câncer dos EUA como “fracasso qualificado”. O acórdão feito 14 anos após a declaração oficial do presidente Nixon foi a “Guerra contra o Câncer”. Mesmo depois de um quarto de século de extensas pesquisas, pesquisadores ainda estão tentando determinar se o câncer é evitável e se perguntam: “Se ele é evitável, por que estamos perdendo a guerra contra o câncer?” Nesta revisão, tentamos responder esta pergunta analisando os fatores de risco potenciais do câncer e explorar nossas opiniões para modulação destes fatores de risco. O câncer é causado tanto por fatores intrínsecos (como mutações inerentes, hormônios e condições imunológicas) e fatores adquiridos/ambientais (como cigarro, dieta, radiação e organismos infecciosos; Fig1). A ligação entre dieta e câncer é revelada por uma grande variação de taxas de cânceres específicos em vários países e pela mudança observada na incidência de câncer na migração. Por exemplo, os asiáticos demonstrou-se ter 25 vezes menos incidência de câncer de próstata e dez vezes menos incidência de câncer de mama do que os moradores dos países ocidentais; e as taxas destes cânceres aumenta substancialmente depois que os asiáticos migram para o ocidente.

(http://www.dietandcancerreportorg/?p=ER).

 

Fig. 1 O papel dos genes e do ambiente no desenvolvimento do câncer. A. A contribuição da porcentagem de fatores genéticos e ambientais para o câncer. A contribuição de fatores genéticos e fatores ambientais para risco de câncer é 5-10% e 90-95% (mais ...).

A importância dos fatores do estilo de vida no desenvolvimento do câncer também foi mostrada em estudos de gêmeos monozigóticos 8. Apenas 5-10% de todos os cânceres são devido a um defeito inerente do gene. Vários cânceres que estão ligados a defeitos genéticos são mostrados na Fig. 2. Embora todos eles sejam resultado de mutações múltiplas 910, estas mutações são devido a interação com o meio ambiente1112.

 

 

Fig. 2

Genes associados com o risco de diferentes cânceres.

 

Estas observações indicam que muitos cânceres não são de origem herdada e que fatores do estilo de vida, como hábitos dietéticos, fumo, ingestão de álcool e infecções, têm uma influência profunda sobre seu desenvolvimento 13. Embora os fatores hereditários não possam ser modificados, os do estilo de vida e ambientais são potencialmente modificáveis. A menor influência hereditária do câncer e a natureza modificável dos fatores ambientais apontam para a previsibilidade do câncer. A importância dos fatores de estilo de vida que afetam a incidência e a mortalidade de câncer inclui tabaco, álcool, dieta, obesidade, agentes infecciosos, poluição ambiental e radiação.

 

FATORES DE RISCO DE CÂNCER

Tabaco

O tabagismo foi identificado em 1964 como a primeira causa de câncer de pulmão no SurgeonGeneral's Advisory Commission Report (http://profiles.nlm.nih.gov/NN/Views/AlphaChron/date/10006/05/01/2008), e desde então, contínuos esforços têm sido feitos para reduzir o uso do tabaco. O uso do cigarro aumenta o risco de desenvolver pelo menos 14 tipos de câncer (Fig. 3). Além disso, ele se relaciona com aproximadamente 25-30% de todas as mortes por câncer e 87% delas por câncer de pulmão. Comparado com os não fumantes, os homens tabagistas têm 23 vezes e as mulheres 17 vezes mais probabilidade em desenvolver câncer de pulmão (http://www.cancer.org/docroot/STT/content/STT_1x_Cancer_Facts_and_Figures_2008.asp accessed on 05/01/2008). Os efeitos carcinogênicos dos fumantes ativos são bem documentados; a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, por exemplo, em 1993 classificou a fumaça do tabaco ambiental (dos fumantes passivos) como um conhecido carcinógeno do pulmão (Grupo A) (http://cfpub2.epa.gov/ncea/cfm/recordisplay.cfm?deid=2835 accessed on 05/01/2008). O tabaco contém pelo menos 50 carcinógenos. Por exemplo, um metabólico do tabaco, epóxido benzopirenóide, tem associação direta com o câncer de pulmão 14. Entre todos os países desenvolvidos considerados como um todo, a prevalência do tabagismo tem declinado lentamente; no entanto, em países desenvolvidos onde 85% da população mundial reside, a prevalência do fumo está aumentando. De acordo com estudos das recentes tendências ao uso do cigarro, os países em desenvolvimento consumirão 71% do tabaco  mundial até 2010, com 80% do aumento desse consumo projetado para o Oriente Asiático (http://www.fao.org/DOCREP/006/Y4956E/Y4956E00.HTM accessed on 01/11/08). O uso acelerado de programas de controle do tabaco, com ênfase nas áreas onde o consumo está aumentando, será a única maneira de reduzir as taxas de mortes de câncer relacionadas ao tabaco.

 

Fig. 3

Cânceres que são ligados ao tabagismo e ao álcool. Percentagens representam a mortalidade de câncer atribuída ao álcool e fumo em homens e mulheres como relatado por Irigaray et al. (veja 13).

 

De que forma o fumo contribui para o câncer não é totalmente compreendido. Sabemos que o fumo pode alterar um grande número de vias de sinalização de células. Resultados de estudos em nosso grupo estabeleceram uma ligação entre a fumaça de cigarro e a inflamação. Especificamente, mostramos que a fumaça de cigarro pode induzir a ativação do NF-κB, como marcador inflamatório 15,16. Com isso, agentes anti-inflamatórios que podem suprimir a ativação do NF-κB podem ter aplicações potenciais contra a fumaça do cigarro. Também mostramos que a curcumina, derivado dos temperos da dieta turmérica, pode bloquear a indução do NF-κB da fumaça do cigarro 15. Além da curcumina, descobrimos que muitos fitoquímicos naturais também inibem o NF-κB induzido por vários carcinógenos 17. Portanto, os efeitos carcinogênicos do tabaco parecem ser reduzidos por estes agentes dietéticos. Uma discussão mais detalhada de agentes dietéticos que podem bloquear a inflamação e, assim, prover efeitos quimopreventivos são apresentados na seção seguinte.

 

Álcool

O primeiro relato da associação entre álcool e um risco elevado de câncer de esôfago foi publicado em 1910 18. Desde então, uma variedade de estudos têm revelado que o consumo crônico de álcool é um fator de risco para cânceres do trato digestivo superior, incluindo cânceres da cavidade oral, faringe, hipofaringe, laringe e esôfago 1821, assim como para cânceres do fígado, pâncreas, boca e mama (Fig. 3). Williams e Horn 22, por exemplo, relataram um risco elevado de câncer de mama por causa do álcool. Em contrapartida, um grupo colaborativo que estudou fatores hormonais no câncer de mama publicou suas descobertas de uma re-análise em mais de 80% de estudos epidemiológicos individuais que foram conduzidos no mundo sobre a associação entre álcool e o risco de câncer de mama em mulheres. Sua análise mostrou um aumento do risco relativo do câncer de mama de 7,1% para cada 10 g/dia adicional de ingestão de álcool 23. Outro estudo, Longnecker et al., 24 demonstrou que 4% de todos os novos casos de câncer de mama nos EUA são devido ao uso de álcool. Além de ser um risco para câncer de mama, a ingestão abusiva de álcool (mais de 50-70 g/dia) é um fator de risco bem estabelecido para os cânceres de fígado e colo-retal 26,27.

Há também evidência de um efeito sinérgico entre a ingestão abusiva de álcool e o vírus da hepatite C (HCV) ou da hepatite B (HBV), que provavelmente aumenta o risco de carcinoma hepatocelular (HCC) por promover cirrose de forma ativa. Por exemplo, Donato et al28 relatou que entre os bebedores de álcool, o risco de HCC aumenta linearmente com uma ingestão diária de mais de 60 g. Contudo, com a presença concomitante da infecção  do HCV, o risco de HCC foi duas vezes maior do que a observada com o uso isolado (ou seja, um efeito sinérgico positivo). A relação entre álcool e inflamação foi também estabelecido, especialmente em termos da inflamação do fígado induzido por álcool.

Como o álcool participa na carcinogênese não está totalmente compreendido, mas o etanol pode assumir o papel 29. Especificamente, quando o etanol é metabolizado, acetaldeído e radicais livres são produzidos; acredita-se que os radicais livres sejam predominantemente responsáveis pela carcinogênese associada ao álcool através de sua ligação com DNA e proteínas, as quais destroem o folato resultando em hiper proliferação secundária. Outros mecanismos pelos quais o álcool estimula a carcinogênese incluem a indução do citocromo P-4502E1, o qual está associado ao aumento da produção de radicais livres e na ativação de vários pró-carcinógenos presentes em bebidas alcoólicas; uma mudança no metabolismo e na distribuição de carcinógenos, em associação com a fumaça do cigarro e dieta; alterações no comportamento do ciclo celular, tal como a duração, levando a hiperproliferação; deficiências nutricionais, por exemplo, de metila, vitamina E, folato, fosfato de piridoxal, zinco e selênio e alterações do sistema imunológico. Lesão tissular, como a que ocorre na cirrose hepática, é um importante pré-requisito para o HCC. Além disso, o álcool pode ativar o trajeto do pró-inflamatório NF-κB 30, que também pode contribuir para a tumorogênese 31. Além disso, mostrou-se que o benzopireno, um carcinógeno da fumaça do cigarro, pode penetrar o esôfago quando combinado com o etanol 32. Portanto, os agentes anti-inflamatórios podem ser efetivos para o tratamento da toxicidade induzida pelo álcool.

No trato digestivo superior, 25-68% dos cânceres são atribuídos ao álcool e mais de 80% desses tumores podem ser prevenidos pela abstinência do álcool e fumo 33. Globalmente, a fração atribuível às mortes de câncer devida a bebida alcoólica é informada ser de 3,5% 34. O número de mortes de câncer que se sabe estar relacionada ao consumo de álcool nos EUA poderia ser menor que 6% (como em Utah) ou maior que 25% (como em Porto Rico). Estes números variam de país para país, e na França tem uma freqüência Ed 20% nos homens 18.

 

Dieta

Em 1981, Doll e Peto 21 estimaram que aproximadamente 30-35% das mortes de câncer nos EUA estão ligadas à dieta (Fig. 4). A dimensão com que a dieta participa nas mortes de câncer varia em grande modo, de acordo com o tipo de câncer 35. Por exemplo, a dieta está ligada às mortes de câncer em muitos dos 70% dos casos de câncer cólon-retal. Como a dieta contribui para o câncer não está totalmente compreendida. Muitos carcinógenos que são ingeridos, como os nitratos, nitrosaminas, pesticidas e dioxinas, provêm dos alimentos,  aditivos ou do cozimento.

 

Fig. 4

Mortes de câncer (%) ligadas à dieta relatado por Willett (veja 35).

 

Consumo intenso de carne vermelha é um fator de risco para muitos cânceres, especialmente àqueles do trato gastrointestinal, mas também do cólon-retal 3638, próstata 39, bexiga 40, mama 41, gástrico 42, pancreático e oral 43. Embora um estudo de Dosil-Diaz et al., 44 tenha mostrado que o consumo de carne vermelha reduziu o risco de câncer de pulmão, esse consumo geralmente está relacionado a um risco para câncer pela seguinte razão: as aminas heterocíclicas produzidas durante o cozimento da carne são carcinogênicas. Assar carne com carvão e/ou com a cura da fumaça produz componentes carbonados prejudiciais como pirolisatos e aminoácidos, que têm um forte efeito cancerígeno. Por exemplo, o PhIP (2-amino-1-metil-6-fenil-imidazo[4,5-b]piridino) é o mutagênico mais abundante por massa no cozimento do bife e é o responsável por ~20% da mutagenicidade total encontrada em bifes fritos. A ingestão diária de PhIP entre americanos é estimado entre 280-460ng/dia por pessoa 45.

Nitritos e nitratos são usados na carne porque eles ligam a mioglobina, inibindo a produção da exotoxina botulínica; contudo, eles são carcinógenos poderosos 46. Exposição em longo prazo a aditivos alimentares como conservantes nitritos e tinturas a base de azo estão associados à indução da carcinogênese 47. Além disso, o bisfenol das vasilhas plásticas no armazenamento de alimentos pode ser transferido para o alimento e aumentar o risco de câncer de mama 48 e próstata 49. A ingestão de arsênico pode aumentar o risco de câncer de bexiga, rim, fígado e pulmão 50. Os ácidos graxos saturados, gordura saturada, açúcares e farinhas refinadas presentes em muitos alimentos também têm sido associados a vários cânceres. Muitos alimentos carcinógenos demonstraram-se ativar a via inflamatória.

 

Obesidade

De acordo com um estudo da Sociedade Americana de Câncer 51, a obesidade está associada com um aumento da mortalidade dos cânceres de cólon, mama (em mulheres menopausadas), endométrio, rins (célula renal), esôfago (adenocarcinoma), cárdia gástrico, pâncreas, próstata, vesícula biliar e fígado (Fig. 5). Descobertas deste estudo sugerem que de todas as mortes de câncer nos Estados Unidos, 14% nos homens e 20% nas mulheres são atribuídas ao excesso de peso ou obesidade. Um aumento na modernização e uma dieta e estilo de ocidentalizado são associados com uma elevação da prevalência das pessoas com sobre peso em muitos países desenvolvidos 52.

 

 

 

 

Fig. 5

Vários cânceres que estão ligados à obesidade. Nos EUA o sobre peso e a obesidade pode ser o responsável por 14% de todas as mortes de câncer nos homens e 20% daquelas nas mulheres (veja 51).

 

Estudos mostraram que o denominador comum entre obesidade e câncer inclui neuroquímicos; hormônios como Fator de Crescimento Semelhante da Insulina 1 (IGF-1), insulina, leptina; esteróides sexuais; adiposidade; resistência à insulina e inflamação 53.

Envolvimento de vias de sinalização como a da IGF/insulina/Akt, a via leptina/JAK/STAT e outras cascatas inflamatórias estão ligadas tanto à obesidade quanto ao câncer 53. Por exemplo, a hiperglicemia, demonstrou-se ativar a NF-κB 54, a qual poderia ligar a obesidade com câncer. Sabe-se também que para ativar o NF-κB são produzidas muitas citoquinas por adipócitos, como a leptina, fator de necrose tumoral (TNF) e interleucina-1 (IL-1) 55. Balanço energético e carcinogênese estão intimamente ligados 53. Porém, se os inibidores destas cascatas de sinalização podem reduzir o risco de câncer relacionado à obesidade continua sem resposta. Por causa do envolvimento de múltiplas vias de sinalização, um agente potencial multisegmentado seria provavelmente necessário para reduzir o risco de câncer relacionado à obesidade.

 

Agentes Infecciosos

Em todo o mundo, estima-se que 17,8% das neoplasias estão associadas com infecções; esta percentagem varia de menos de 10% em países de renda elevada a 25% nos países africanos 5657. Os vírus respondem pela maioria das infecções que causam câncer (Fig. 6). O Papiloma vírus, vírus Epstein Barr, herpes vírus associado ao sarcoma de Kaposi, vírus linfotrópico-T humano 1, HIV, HBV e HCV estão associados com riscos para câncer cervical, ano genital, pele, nasofaringe, linfoma de Burkitt, linfoma de Hodgkin, sarcoma de Kaposi, leucemia de célula T adulta, linfoma de célula B e câncer de fígado.

 

 

Fig. 6

Vários cânceres estão ligados à infecção. A estimativa total de infecção atribuída ao câncer no ano de 2002 foi de 17,8% de todo o ônus do câncer global. Os agentes infecciosos associados com cada tipo de câncer é mostrado em parêntesesHPV humano  (mais ...)

 

Nos países desenvolvidos do ocidente, o papiloma vírus humano e o HBV são os mais frequentemente encontrados como viroses oncogênicas do DNA. O papiloma vírus humano é diretamente mutagênico por induzir os genes E6 e E7 viral 58, ao passo que o HBV acredita-se ser mutagênico indireto por gerar espécies reativas ao oxigênio através da inflamação crônica 5961. O vírus linfotrópíco T humano é mutagênico direto, enquanto que o HCV (assim como o HBV) crê-se que produza estresse oxidativo em células infectadas e, assim, atuem de forma indireta por intermédio da inflamação crônica 6263.

Contudo, outros microorganismos, inclusive parasitas selecionados como Opisthorchis viverrini ouSchistosoma haematobium e bactérias como o Helicobacter pylori, também podem estar envolvidos, agindo como co-fatores e /ou carcinógenos 64.

Os mecanismos pelos quais os agentes infecciosos promovem o câncer estão se tornando cada vez mais evidentes. Inflamação relacionada à infecção é o principal fator de risco para câncer, e quase todas as viroses ligadas ao câncer mostraram-se ativar o marcador inflamatório NF-κB 65. Semelhantemente, componentes do Helicobacter pylori ativou o NF-κB 66. Portanto, agentes que possam bloquear a inflamação crônica deveriam ser efetivos em tratar estas condições.

 

 

 

Poluição Ambiental

A poluição ambiental tem sido ligada a vários cânceres (Fig. 7). Isto inclui poluição atmosférica externa por partículas de carbono associadas com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs); poluição atmosférica interna pela fumaça do cigarro, formaldeído e componentes orgânicos voláteis como benzeno 1,3-butadieno (que podem afetar particularmente as crianças); poluição de alimentos através de aditivos e por contaminantes carcinogênicos como nitrato, pesticidas, dioxinas e outros organoclorinas; metais carcinogênicos e metalóides; remédio de farmácia e cosméticos 64.

 

 

Fig. 7

Vários cânceres estão ligados a carcinógenos ambientais. Os carcinógenos ligados a cada câncer é mostrado no quadro ao lado (veja 64).

 

Inúmeros poluentes atmosféricos externos como o PAHs aumentam o risco de câncer, especialmente o de pulmão. Os PAHs podem se aderir a finas partículas de carbono da atmosfera e depois penetrar em nosso organismo, principalmente, através da respiração. Exposição prolongada ao PAHs presente nas cidades poluídas foi encontrado em mortes de câncer de pulmão. Ao lado do PAHs e outras finas partículas de carbono, mais um poluente ambiental, o óxido nítrico, sabe-se que aumenta o risco de câncer de pulmão nas populações de não fumantes na Europa. Outros estudos mostram que o óxido nítrico pode induzir ao câncer de pulmão e promover metástases. O risco elevado de leucemia em crianças associado com exposição à fumaça do escapamento de veículos motorizados, como compostos orgânicos voláteis e pesticidas aumentam o risco de leucemia infantil, e crianças tanto quanto os adultos expostos aos pesticidas têm um risco aumentado de tumores do cérebro, tumor de Wilms, sarcoma de Ewing e tumor de células germinativas. Intra-útero a exposição ambiental a poluentes orgânicos se relaciona com o aumento do risco para câncer de testículo. Além disso, o dioxano, um poluente ambiental de incineradores, sabe-se que eleva o risco de sarcoma e linfoma. A exposição prolongada a bebidas cloradas foi associada ao risco aumentado de câncer. Nitratos, em água potável, podem transformar os componentes mutagênicos N-nitrosos, os quais elevam o risco de linfoma, leucemia, cólon-retal e de bexiga 64.

 

Radiação

Mais de 10% do total de todos os casos de câncer podem ser induzidos pela radiação 64, tanto a ionizante quanto a não ionizante, tipicamente de substância radioativa e ultravioleta (UV), campos eletromagnéticos pulsantes. A indução de câncer pela radiação inclui alguns tipos de leucemia, linfoma, câncer da tireóide, câncer de pele, sarcomas, carcinomas de pulmão e mama. Um dos melhores exemplos de risco elevado de câncer após a exposição à radiação é o aumento da incidência de neoplasias observadas na Suécia depois da exposição radioativa no vazamento da fábrica energia nuclear em Chernobyl. Rádon ou radônio deteriora os produtos em casa e/ou locais de trabalho (como minas) são as fontes mais comuns de exposição à radiação ionizante. A presença de núcleo radioativo de radônio, rádio e urânio sabe-se que aumenta o risco de câncer gástrico em ratos. Outra fonte de exposição à radiação é o Raio-X usado em ambiente hospitalar para diagnóstico ou para fins terapêuticos. Na realidade, o risco de câncer de mama por Raio-x é mais alto entre as moças expostas a radiografia de tórax na puberdade, época de intenso desenvolvimento da mama. Outros fatores associados com cânceres induzidos pela radiação em humanos são a idade do paciente e estado fisiológico, interações sinérgicas entre radiação e carcinógenos, e a suscetibilidade genética diante da radiação. A radiação não ionizante deriva principalmente da luz solar inclusive os raios UV, os quais são carcinogênicos para os seres humanos. Exposição à radiação UV é o principal risco para vários tipos de câncer de pele inclusive o carcinoma baso-celular, carcinoma de células escamosas e melanoma. Junto com a exposição ao UV solar, expor-se em câmaras de bronzeamento artificial com finalidade cosmética pode estar relacionado ao aumento da incidência de melanoma. A deterioração da camada de ozônio na estratosfera pode ampliar a intensidade da dose de UVB e UVC, os quais podem intensificar o aumento da incidência de câncer de pele.

Campos eletromagnéticos de baixa freqüência podem causar lesão clastogênica do DNA. As fontes dos campos eletromagnéticos estão nas linhas de transmissão de alta voltagem, transformadores, trens elétricos e mais comumente, todos os tipos de equipamentos elétricos. Um risco elevado de cânceres como a leucemia infantil, tumores cerebrais e câncer de mama foi atribuído à exposição de campo eletromagnético. Por exemplo, crianças que vivem a 200 m das linhas de transmissão têm um risco relativo de leucemia de 69% comparado com aquelas que vivem entre 200 a 600 m destas linhas de transmissão, as quais têm um risco relativo de 23%. Além disso, uma recente meta-análise de todos os dados epidemiológicos disponíveis mostrou que um uso prolongado diário a telefone celular, por 10 anos ou mais, mostrou um padrão consistente de alto risco para tumores cerebrais 64.

 

PREVENÇÃO DO CÂNCER

O fato de que apenas 5-10% de todos os casos de câncer estão relacionados a defeitos genéticos e os demais, 90-95%, é devido ao ambiente e ao estilo de vida provêem oportunidades importantes para a prevenção do câncer. Pelo fato do cigarro, dieta, infecção, obesidade e outros fatores contribuírem em torno de 30%, 30–35%, 15–20%, 10–20%, e 10–15%, respectivamente, para a incidência de todas as mortes de câncer nos EUA, evidencia que podemos preveni-lo. Quase 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão são fumantes; e a fumaça do cigarro combinado com a ingestão de álcool pode, de forma sinérgica, contribuir para a tumorogênese. Semelhantemente, os cigarros sem fumaça são responsáveis por 400.000 casos (4% do total) de câncer oral no mundo. Portanto, evitar produtos com tabaco e minimizar o consumo de álcool teria um efeito importante sobre a incidência de câncer.

Infecções por várias bactérias e vírus (Fig. 6) é outra causa muito proeminente de vários cânceres. Vacina para câncer cervical e HCC deveria ajudar a prevenir alguns destes, além de um ambiente limpo e modificação de hábitos do estilo de vida seria mais útil na prevenção de câncer causado por infecção. O primeiro agente quimiopreventivo aprovado pelo FDA foi o Tamoxifeno, pois reduzia o risco de câncer de mama. Este agente se descobriu reduzir a incidência de câncer de mama em 50% das mulheres com alto risco. Com o tamoxifeno, há um risco elevado de efeitos colaterais como câncer uterino, trombose, distúrbios oculares, hipercalcemia e derrame (http://www.fda.gov/cder/foi/appletter/1998/17970s40.pdf). Recentemente foi mostrado que uma droga para osteoporose, raloxifeno, é tão efetivo quanto o tamoxifeno na prevenção positiva no receptor de estrogênio, o câncer de mama invasivo, mas tem menor efeito colateral que o tamoxifeno. Embora ele seja melhor que o tamoxifeno com relação aos efeitos colaterais ele pode causar trombose e derrame. Outro efeito colateral potente do raloxifeno inclui fogachos, cãibras das pernas, edema de membros inferiores e pés, sintomas semelhantes a gripe, dor articular e sudorese (http://www.fda.gov/bbs/topics/NEWS/2007/NEW01698.html).

O segundo agente quimiopreventivo que chegou à clínica foi a finasterida, para câncer de próstata, que se descobriu reduzir a incidência em 25% em homens com alto risco. Os efeitos colaterais reconhecidos deste agente incluem disfunção erétil, diminuição do desejo sexual, impotência e ginecomastia(http://www.cancer.org/docroot/cri/content/cri_2_4_2x_can_prostate_cancer_be_prevented_36.asp). Celecoxibe, um inibidor da COX-2 é outro agente aprovado para prevenção da polipose familiar adenomatosa (PAF). Contudo, o benefício do celecoxibe é a custa de seus graves danos cardiovasculares (http://www.fda.gov/cder/drug/infopage/cox2/NSAIDdecisionMemo.pdf). Os graves efeitos colaterais das drogas quimiopreventivas, aprovados pelo FDA, é um tema de particular interesse quando se considera sua administração prolongada à saúde das pessoas que podem ou não desenvolver câncer. Isto indica claramente a necessidade de agentes, que sejam seguros e eficientes na prevenção de câncer. A dieta oriunda de produtos naturais seriam candidatos em potencial para este propósito.

Dieta, obesidade e síndrome metabólica estão intimamente ligados a vários cânceres e podem estar relacionados com mais de 30-35% das mortes de câncer, indicando que uma fração razoável dessas mortes poderiam ser prevenidas pela mudança da dieta. Pesquisas abarcantes revelaram que uma dieta constituída por frutas, vegetais, ervas e grãos têm potencial para prevenir câncer (Fig. 8). As substâncias específicas nestes alimentos dietéticos são responsáveis na prevenção do câncer e os mecanismos pelos quais eles realizam isto também foram extensivamente examinados. Vários fitoquímicos foram identificados nas frutas, vegetais, temperos e grãos que exibem potencial quimiopreventivo (Fig. 9). Numerosos estudos têm mostrado que uma dieta adequada pode ajudar a proteger contra o câncer 466769. Abaixo há uma descrição de agentes alimentares adequados e fitoquímicos derivados da dieta para determinar seu papel na prevenção do câncer.

 

 

Fig. 8

Frutas, vegetais, temperos, condimentos e cereais com potencial para prevenir câncer. As frutas incluídas são: 1 maçã, damasco, 3 banana, 4 amora silvestre 5 cereja, 6 frutas cítricas, 7 sobremesa de tâmara, 8 durian, 9 uvas, 10 goiaba, 11 framboesa indiana, 12 manga, 13 (mais ...)

 

 

 

Fig. 9

Fitoquímicos derivados de frutas, vegetais, temperos, condimentos e cereais com potencial para prevenir câncer. 1 diosgenina, 2 glicerizina, 3 ácido glicerritínico, 4 18-β-ácido glicerritínico, 5 oleandro, 6ácido oleanólico, 7 ácido betulínico, (mais ...)

 

Frutas e vegetais

O papel protetor de frutas e vegetais contra cânceres que ocorrem em vários sítios anatômicos é agora bem apoiado 46,69. Em 1996, Wattenberg 70 propôs, pela primeira vez, que o consumo regular de certos constituintes em frutas e vegetais pode fornecer proteção para o câncer. Doll e Peto 21 mostraram que de 75-80% dos casos de câncer diagnosticados nos EUA em 1981, poderiam ter sido evitados pela mudança no estilo de vida. De acordo com estimativa de 1997, aproximadamente 30-40% dos casos de câncer mundial são evitáveis por mudanças dietéticas exequíveis (http://www.dietandcancerreportorg/?p=ER). Muitos estudos relacionam o câncer com os efeitos quimiopreventivos dos compostos ativos derivados das frutas e vegetais

Mais de 25.000 diferentes fitoquímicos foram identificados possuindo potencial contra vários cânceres. Estes fitoquímicos têm vantagens porque eles são seguros e normalmente atingem múltiplas vias sinalizadoras de células 71. Os principais componentes identificados das frutas e vegetais incluem os carotenóides, vitaminas, resveratrol, quercetina, silimarina, sulforane e indol-3-carbinol.

 

Carotenóides

Vários carotenóides naturais presentes nas frutas e vegetais foram descritos possuírem atividade anti-inflamatória e anti-carcinogênica. O licopeno é um dos principais carotenóides na dieta regional do Mediterrâneo além de contar com 50% dos carotenóides do soro humano. O licopeno está presente nas frutas, incluindo melancia, damasco, goiaba rosa, toronja, rosa mosqueta e tomates. Uma grande variedade de produtos baseados em tomates processados possui mais de 85% do licopeno da dieta. A atividade anti-câncer do licopeno foi demonstrado em modelos de tumores tanto in vivo quanto in vitro, assim como em humanos. Os mecanismos propostos para os efeitos anti-câncer do licopeno envolvem moléculas degradadoras de ROS (espécies reativas ao oxigênio), regulação positiva dos sistemas de desintoxicação, interferência com proliferação celular, indução da comunicação das junções tipo gap, inibição da progressão do ciclo celular e modulação da via de transdução de sinal. Outros carotenóides relacionados à atividade anti-câncer incluem: beta-carotenóide, alfa-caroteno, luteína, zeaxantina, beta-criptoxantina, fucoxantina, astaxantina, capsantina, crocetina e o fitoeno 72.

 

Resveratrol

O estilbeno resveratrol foi encontrado em frutas como uva, amendoins e bagas. O resveratrol exibe propriedades anti-câncer contra uma grande variedade de tumores, incluindo o câncer linfóide  e mielóide, múltiplos mielomas e cânceres de mama, próstata, estômago, cólon e pâncreas. Os efeitos inibidores de crescimento do resveratrol são mediados pelo controle do ciclo celular; indução de apoptose via Fas/CD95, p53, ativação de ceramida, polimerização da tubulina, via adenil-ciclase e mitocondrial; regulação positiva do p21 p53 e Bax; infra-regulação da survivina, ciclina D1, ciclina E, Bcl-2, Bcl-xL, e inibidor celular da apoptose de proteínas; ativação das caspases; supressão da síntese óxido nítrico; supressão da transcrição de fatores tais como NF-κB, AP-1, e precocemente à resposta-1 de crescimento; inibição da ciclo-oxigenase-2 (COX-2) e lipoxigenase; supressão da adesão de moléculas e inibição da angiogênese, invasão e metástase. Dados restritos a humanos revelam que o resveratrol é farmacologicamente seguro. Sendo um nutriente celular, o resveratrol está disponível comercialmente nos EUA e Europa na dosagem de 50 µg a 60 mg. Atualmente, análogos estruturais do resveratrol com melhora da biodisponibilidade são procurados como potenciais agentes quimopreventivos e terapêuticos para o câncer 73.

 

 

Quercetina

A quercetina flavona (3,3′,4′,5,7-penta-hidróxi-flavona) um dos principais flavonóides da dieta, é encontrado numa grande variedade de frutas, vegetais e bebidas como o chá e o vinho. Sua ingestão diária nos países ocidentais é de 25-30 mg. Os efeitos anti-oxidantes, anti-inflamatórios, anti-proliferativos e apoptóticos da molécula têm sido amplamente analisado em modelos de cultura de células; ele é reconhecido por bloquear a ativação do NF-κB. Em modelos animais, a quercetina demonstrou-se inibir a inflamação e prevenir o câncer de cólon e pulmão. Uma primeira fase clínica de testes indicou que a molécula pode ser administrada com segurança e de que os níveis plasmáticos são suficientes para inibir a atividade linfocítica da tirosina quinase. O consumo de quercetina em cebolas e maçãs sabe-se que é inversamente proporcional ao risco de câncer de pulmão no Havaí. O efeito das cebolas foi particularmente forte contra o carcinoma de células escamosas. Outro estudo acompanhou uma elevação do nível plasmático de quercetina após uma refeição de cebolas por aumento da resistência à quebra na cadeia no DNA linfocítico e pela diminuição dos níveis de alguns metabólitos oxidativos na urina 74.

 

Silimarina

O flavonóide silimarina (silibina, isosilibina, silicristina, silidianina e taxifolina) é normalmente encontrado na fruta seca da planta milk thistle Silybum marianum. Embora o papel da silimarina como agente anti-oxidante e hepato protetor sejam bem conhecidos sua ação como agente anti cancerígeno está emergindo. Os efeitos anti-inflamatórios da silimarina são mediados através da supressão dos produtos dos genes regulado pelo NF-κB, inclusive o COX-2, lipoxigenase (LOX), indutor da síntese do NO, TNF e IL-1. Vários estudos têm indicado que a silimarina é um agente quimiopreventivo in vivo contra vários promotores tumor/carcinógeno, incluindo a luz UV, 7,12 dimetilbenzeno(a)antraceno (DMBA), forbol 12- myristate 13-acetato e outros. A silimarina também se mostrou sensível à baixa regulação da proteína MDR (drogas multi resistentes) e outros mecanismos. Ela se liga tanto aos receptores de estrogênio quanto de androgênio e a baixa regulação do antígeno prostático específico. Em acréscimo aos seus efeitos quimopreventivos, a silimarina apresenta atividade contra tumores (ex. próstata e ovários) em camundongos. Vários ensaios clínicos indicaram que a silimarina é biodisponível e farmacologicamente segura. Estudos estão agora em progresso para demonstrar a eficácia clínica da silimarina contra vários cânceres 75.

 

Indol-3-carbinol

O flavonóide indol-3-carbinol (I3C) está presente em vegetais como repolho, brócoli, couve-de-bruxelas, ouve-flor, e alcachofra rábano. O produto da hidrólise do I3C metaboliza uma variedade de produtos, inclusive o polímero 3,3′-diindolmetano. Tanto o I3C quanto o 3,3′-diindolmetano exercem uma gama de efeitos biológico e bioquímico, muitos dos quais parecem ocorrer porque o I3C modula muito os fatores de transcrição nuclear. A fase 1 do I3C induz as enzimas da fase 2 que metabolizam carcinógenos, inclusive estrógenos. O I3C também parece ser efetivo no tratamento de alguns casos de papilomatose respiratória recorrente e pode ter outros usos clínicos 76.

 

Sulforane

O sulforane (SFN) é um isotiocianato encontrado em vegetais crucíferos como o brócolis. Seus efeitos quimopreventivos foram estabelecidos em estudos in vitro e in vivo. O mecanismo de ação do SFN inclui a inibição da fase de enzimas, indução da fase 2 e desintoxicação carcinogênica, controle do ciclo celular, indução da apoptose, inibição de histona deacetilase, modulação da via do (MAPK= Proteína Cinase Ativada por Mitógeno), inibição do NF-κB e  produção de ROS. Estudos pré-clínicos e clínicos deste composto sugerem seus efeitos quimopreventivos em muitos estágios da carcinogênese. Em um teste clínico, o SFN foi dado a oito mulheres saudáveis uma hora antes delas se submeterem a uma redução cirúrgica da mama. Indução em NAD(P)H/quinona oxidoredutase e heme oxigenase-1 foi observada no tecido mamário de todas as pacientes, indicando o efeito anti-câncer da SFN 77.

 

Chás e Ervas

Ervas são usadas em todo o mundo para acrescentar sabor, gosto e valor nutricional aos alimentos. Um grupo cada vez maior de pesquisadores tem demonstrado que fitoquímicos como as catequinas (chá verde), curcumina (turmeric), dialil-dissulfide (alho), timoquinona (cominho preto), capsaicina (pimenta vermelha), gingerol (gengibre), anatol (alcaçuz), diosgenin (feno grego) e eugenol (cravo-da-índia, canela) possuem potenciais terapêuticos e preventivos contra cânceres de várias origens anatômicas. Outros fitoquímicos com este potencial incluem o ácido elágico (cravo-da-índia), ácido fenólico (erva-doce, mostarda, gergelim), apigenina (coentro, salsinha), ácido betulínico (alecrim), quempferol (cravo-da-índia, feno grego), sesamin (gergelim) piperina (pimenta preta), limoneno (alecrim) e o ácido gambógico (brindoeiro). Abaixo está uma descrição de alguns fitoquímicos importantes associados ao câncer.

 

Catequinas

Mais de 3000 estudos têm mostrado que as catequinas derivadas dos chás verdes e pretos têm potencial contra vários tipos de cânceres. Uma quantidade limitada de dados também estão disponíveis em testes para a quimioprevenção do polifenol do chá verde. Testes na fase 1 em voluntários saudáveis definiram os padrões de biodistribuição básicos, parâmetros farmacocinéticos e perfis de segurança preliminares para a administração oral a curto prazo de preparações de vários chá verdes. O consumo de chá verde parece ser relativamente seguro. Entre os pacientes com condições pré-malignas estabelecidas, derivados do chá verde demonstraram potencial eficácia contra neoplasias cervical, próstata e hepática sem produzir importantes efeitos tóxicos. Um estudo recente determinou que até pessoas com tumores sólidos poderia consumir, com segurança, 1g de chá verde sólido, o que equivale a aproximadamente 900 ml de chá, três vezes ao dia. Esta observação apóia o uso de chá verde tanto para a prevenção quanto para o tratamento de câncer 78.

 

Curcumina

 A curcumina é um dos componentes isolados mais exaustivamente estudados das fontes dietéticas na inibição da inflamação e quimioprevenção de câncer, como indicado por quase 3000 estudos publicados. Estudos em nosso laboratório mostraram que a curcumina inibiu o fator NF-κB e a expressão do gene regulador da NF-κB em várias linhas celulares de câncer. Estudos in vitro e in vivo mostrou que este fitoquímico inibiu a inflamação e carcinogênese em modelos animais, incluindo modelos de câncer de mama, esôfago, estômago e cólon. Outros estudos mostraram que a curcumina inibe proctite ulcerativa e a doença de Crohn; e um deles demonstrou que a curcumina inibiu a colite ulcerativa em humanos. Outro estudo avaliou o efeito de uma combinação de curcumina e piperina em pacientes com pancreatite tropical. Um estudo conduzido em pacientes com polipose adenomatosa familiar mostrou que a curcumina tem um papel potencial na inibição desta condição. Nesse estudo, todos os cinco pacientes foram tratados com curcumina e quercetina por um tempo mínimo de seis meses apresentando uma diminuição do número(60,4%) e do tamanho (50,9%) de pólipos com um patamar de efeitos adversos mínimos e nenhuma anormalidade determinada em laboratório.

O efeito farmacodinâmico e farmacocinético do extrato oral de Curcuma em pacientes com câncer cólon retal também foi estudado. Num estudo de pacientes com avançado câncer cólon retal refratário a quimioterapia padrão, 15 pacientes receberam extrato de Curcuma diariamente por mais de 4 meses. Os resultados mostraram que o extrato oral de Curcuma foi bem tolerado e não foram observados efeitos tóxicos limitados a dose. Outro estudo demonstrou que em pacientes com avançado estado de câncer cólon retal, uma dose diária de 3,6 g de curcumina proporcionou uma diminuição de 62% na indução de produção da prostaglandina E2 no primeiro dia e uma diminuição de 57% no 29º dia em amostras de sangue colhidas 1 hora após a administração da dose.

Num teste clínico recente com 62 pacientes apresentando lesões cancerosas externas em vários locais (mama, 37; vulva, 4; boca, 7; pele 7 e outros, 11), descreveu-se uma redução no odor (90% dos pacientes), prurido (quase todos), tamanho da lesão e dor (10% dos pacientes) e exsudatos (79% dos pacientes) após aplicação tópica de um ungüento contendo curcumina. Na primeira fase do teste, uma dose diária de 8000 mg de curcumina ingerido por 3 meses resultou em melhora das lesões histológicas pré-malignas em pacientes com neoplasia cervical intra-epitelial uterina (um  de quatro dos pacientes), metaplasia intestinal (um de seis pacientes), câncer de bexiga (um de dois pacientes) e leucoplasia oral (dois de sete pacientes).

Resultados de outro estudo conduzido por nosso grupo mostrou que a curcumina inibiu a ativação constitutiva do NF-κB, COX-2 e STAT3 em células mononucleares do sangue periférico de 29 pacientes com mieloma múltiplo envolvidos nesse estudo. A curcumina foi dada em doses de 2, 4, 8 ou 12 g/dia via oral. O tratamento com curcumina foi bem tolerado sem nenhum efeito adverso. Dos 29 pacientes, 12 receberam tratamento por 12 semanas e 5 completaram 1 ano de tratamento com a doença estável. Outros estudos de nosso grupo mostraram que a curcumina inibiu o câncer pancreático. A curcumina diminui a resposta da expressão do NF-κB, COX-2, e STAT3 fosforilado em células moleculares do sangue periférico (muitos dos quais têm níveis basais consideravelmente elevados mais do que os encontrados em voluntários saudáveis). Estes estudos demonstraram que a curcumina é um potente agente antiinflamatório e quimiopreventivo. Uma descrição detalhada da curcumina e de suas propriedades anti-câncer podem ser encontradas em uma de nossas revisões recentes 79.

 

Dialil sulfito 

O dialil sulfito, isolado do alho, inibe o crescimento e a proliferação de uma série de células cancerosas incluindo a linhagem celular do cólon, mama, glioblastoma, melanoma e neuroblastoma. Estudos recentes mostraram que este composto induz a apoptose em células de câncer de cólon (Colo 320 DM) humana pela inibição da COX-2, NF-κB e ERK-2. Foi demonstrado inibir vários cânceres inclusive o de cólon induzido pela dimetil hidrazina, neoplasia induzida pelo benzopireno e glutatione S-transferase atividade em roedores; benzopireno indutor de câncer de pele em ratos; N-nitro metilbenzamida, induz ao câncer de esôfago em ratos; N-nitrosodietilamina – induz à neoplasia no pré-estômago em fêmeas de roedores; ácido aristolóquio – induz a carcinogênese em ratos; dietil nitrosamina – induzido pela glutatione S-transferase foco positivo em fígado de rato; 2-amino-3-metil-imidazol[4,5-f]quinoline – induziu a hepato carcinogênese em ratos e dietilnitrosamina – induziu a adenomas em foco hepático e hepatocelular em roedores C3H. O dialil sulfito também mostrou que inibe a mutagênese ou tumorogênese induzido pelo vinil carbamato e N-nitrosodimetilamina; aflatoxina B1-induzirda e a N-nitrosodietilamina-induzida em focos paraneolplásicos em fígado deratos; a atividade da arilamina N-acetiltransferase e da 2-aminofluorene no DNA de células humanas adultas na leucemia promielocítica; tumores de pele em ratos DMBA-induzida; mutação N-nitrosometilbenzilamina-induzida em esôfago de ratos; e tumores de mamas em DNA de ratas adultas innduzido pelo dietiletilbestrol.

Dialisulfito crê-se que traz acredita-se que provoca um efeito anticarcinogênico por vários mecanismos, como a remoção de radicais; elevando os níveis da gluationa; aumentando as atividades de enzimas como glutationa S-transferase e catalase; inibindo o citocromo p4502E1 e reparando mecanismos do DNA; e prevenindo a lesão do cromossomo (80).

 

Timoquinona

Os agentes quimioterápicos e quimioprotetores do cominho preto incluem a timoquinona (TQ), ditimoquinona (DTQ) e timohidroquinona presentes no óleo destas sementes. A TQ tem atividade anti-neoplásica contra várias células tumorais. A DTQ também contribui para os efeitos quimioterápicos daNigella sativa. Resultados de estudos in vitro indicaram que a DTQ e a TQ são igualmente citotóxicas para várias linhagens de células parentais e de tumores de linhagem de células humanas e ao seu correspondente às drogas multi resistentes. TQ induz a apoptose através das vias p53 dependentes e independentes em linhagens de células cancerosas. Também induz o controle do ciclo celular e modula os níveis de mediadores inflamatórios. Para datar, não foi testado o potencial quimioterápico da TQ, mas numerosos estudos mostraram seus efeitos anticâncer promissores em modelos animais. A TQ suprime a indução carcinogênica e a formação de tumor de pele em ratos e atua como um agente quimiopreventivo na fase precoce da tumorogênese de pele. Além disso, a combinação de TQ, usado clinicamente como droga anticâncer mostrou que melhora o índice terapêutico da droga, protegendo tecidos não tumorais de sustentar lesão induzida pela quimioterapia, aumentando a atividade antitumoral de drogas como a cisplatina e ifosfamide. Um relatório muito recente, de nosso próprio grupo, estabeleceu que a TQ afeta a via de sinalização do NF-κB por suprimir o NF -κB e os produtos de genes regulados pelo NF-κB (81).

Capsaicina 

O composto fenólico capsaicina (8-metil-N-vanila-6-nonenamida), um componente da pimenta malagueta, foi estudada exaustivamente. Embora a capsaicina tenha levantado a suspeita de ser carcinogênica, muitas evidências consideráveis sugerem que ela possua efeitos  quimiopreventivos. Aas propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e antitumorais da capsaicina foram estabelecidas tanto nos sistemas in vitro quanto in vivo. Por exemplo, mostrou-se que a Capsaicina pode suprimir a ativação estimulada do ATP na NF-κB e AP-1 em cultura de células HL-60 Além disso, a capsaicina inibiu a ativação constitutiva do NF-κB em células de melanoma. Além disso, ela suprimiu fortemente a ativação estimulada do ATP do NF-κB e a ativação epidérmica de AP-1 em camundongos. Outro mecanismo proposto é a ação da capsaicina e sua interação com enzimas xenobióticas e metaboliza, envolvidas na ativação e desintoxicação de vários carcinógenos químicos e mutagenes. O metabolismo da Capsaicina através das enzimas hepáticas produz radicais fenóxi reativos intermediários capazes de se ligarem aos locais ativos das enzimas e macromoléculas de tecido. 

A Capsaicina pode inibir a agregação de plaquetas e suprimir respostas de pró-inflamatórias do cálcio-ionóforo-estimulada, como a geração de ânion de superóxido, atividade da fosfolipase A2 e peroxidação dos lipídios de membrana em macrófagos. Ela age como um antioxidante em vários órgãos de animais de laboratório. Também foram relatadas propriedades antiinflamatórias da Capsaicina contra inflamação carcinógeno-induzida em ratos e camundongos. A Capsaicina apresentou efeitos protetores contra lesão da mucosa gcástrica induzida pelo etanol, erosão  hemorrágica, peroxidação lipídica e atividade da mieloperoxidase em ratos que estiveram associados com a supressão da COX-2. Enquanto falha na atividade intrínseca na promoção do tumor, a Capsaicina inibiu a papillomagênese promovida pelo ATP do câncer de pele em rato (82).

 

Gingerol  

Gingerol, uma substância fenólica presente no gengibre (Zingiber officinale Roscoe), tem diversos efeitos farmacológicos que incluem antioxidante, antiapoptótico e efeitos antiinflamatórios. O gingerol demonstrou possuir propriedades anticâncer e quimiopreventivo e os mecanismos propostos da ação incluem a inibição da expressão da COX-2 pelo bloqueio da via de sinalização p38 MAPK-NF-B. Um relatório detalhado na habilidade câncer-preventiva do gingerol foi apresentado em uma revisão recente por Shukla e Singh (83).

 

Anetol

Anetol, o principal composto ativo do alcaçuz, mostrou ter atividade anti-câncer. Em 1995, Al-Harbi et al. 84 estudou a atividade antitumoral do anetol contra o Tumor Ascítico de Erlich (TAE) induzido por tumor em modelo com animais. O estudo revelou que o anetol aumentou o tempo de sobrevida, reduziu o peso, o volume tumoral e o peso corporal dos camundongos em relação aos que tinham TAE. Ele também produziu um efeito citotóxico significativo nas células com TAE nas células na pata, reduzindo os níveis de ácidos nucléicos e MDA e aumentou as concentrações de NP-SH.

As mudanças histopatológicas observadas após o tratamento com anetol foram comparáveis àquelas após o tratamento com a droga citotóxica padrão – ciclofosfamida. A frequência da ocorrência micronucleica e a razão de eritrócitos policromáticos para eritrócitos normocromáticos mostrou que o anetol é mitodepressivo e não clastogênico nas células femorais de camundongos. Em 1996, Sen et al., 85 estudou a atividade inibitória da  NF-κB de um derivado do anetol e da anetolditioltione. O resultado de seu estudo mostrou que o anetol inibiu a H2O2, PMA ou TNF alfa induzindo a ativação do NF-κB em células jukart humanas (86) estudou a atividade anticarcinogênica do anetol tritione contra DMBA induzido em um modelo de câncer de mama em rato. Os resultados dos estudos mostraram que este fitoquímico inibiu o crescimento do tumor mamário em uma maneira dose-dependente. Nakagawa e Suzuki (87) estudaram o metabolism e mecanismo de ação do trans-anetol (anetol) e atividade semelhante ao estrogênio de componentes e seus metabólitos recentemente isolados de hepatócitos de ratos e cultura de células de câncer de mama MCF-7. Os resultados sugerem que a biotransformação do anetol induz um efeito citotóxico em altas concentrações nos hepatócitos de ratos e um efeito estrogênico em baixas concentrações em culturas de células MCF-7 na base de concentrações de hidroxilados intermediários, 4OHPB. Resultados de estudos pré-clínicos sugerem que o composto organosulfurado anetol ditioletione pode ser um efetivo agente quimiopreventivo contra o câncer de pulmão. Lam et al, (88) conduziu um teste em fase 2b do anetol ditioletione é um agente quimiopreventivo potencialmente eficaz contra câncer de pulmão

 

Diosgenina  

Diosgenina uma saponina esteroidal presente no feno-grego, demonstrou suprimir a inflamação, inibir a proliferação e induzir a apoptose em várias células tumorais. Pesquisas durante a última década mostraram que a diosgenina suprime a proliferação e induz a apoptose em uma grande variedade de linhagens de células cancerosas. Os efeitos anti-proliferativos da diosgenina são mediados pelo controle do ciclo celular, deleção da Ca2+ da homeostase, ativação do p53, liberação do fator indutor da apoptose e modulação da atividade da caspase-3. A diosgenina também inibe focos aberrantes nas criptas do cólon induzido pelo azoximetano. Demonstrou-se que inibe a inflamação intestinal e modula a atividade do LOX e COX-2. A diosgenina também se liga ao receptor da chemokine CXCR3 a qual media respostas inflamatórias. Resultados de nosso próprio laboratório mostraram que a diosgenina inibe a osteoclastogênese, invasão celular e proliferação de células através do down-regulation do Akt, ativação da IκB quinase e pela expressão do gene regulador da NF-κB 89.

 

Eugenol

O eugenol é um dos componentes ativos do alho. Estudos conduzidos por Ghosh et al90 mostrou que ele suprime a proliferação de células do melanoma. Em um estudo, o tratamento do eugenol produziu uma diminuição significativa no crescimento tumoral, uma redução de quase 40% no tamanho do tumor e um aumento de 19% no tempo médio ao ponto final. De maior importância, 50% dos animais no grupo controle morreram de crescimento metastático, considerando que nenhum no grupo de tratamento com eugenol mostrou qualquer sinal de invasão celular ou metástase. Em 1994, Sukumaran et al91 mostrou que o eugenol DMBA induziu tumores de pele em camundongos. O mesmo estudo demonstrou que o eugenol inibiu a formação de superóxido, a peroxidação lipídica e a atividade de remoção de radical que pode ser responsável por sua ação quimiopreventiva. Estudos conduzidos por Imaida et al92 mostrou que o eugenol acentuou o desenvolvimento do 1,2-dimetilhidrazina induzindo a hiperplasia e papilomas no pré-estômago, mas diminuiu a incidência do 1-metil-1-nitrosuréia induzindo a nefroblastomas renais em fêmeas de camundongos F344.

Outro estudo conduzido por Pisano et al93 demonstrou que o dibromo-dehidrodieugenol suscita atividade anti-proliferativa específica sobre as células tumorais ectodérmicas. Em 2003, Kim et al94mostrou que o eugenol suprimi a expressão do RNAm da COX2 (um dos principais genes implicados no processo de inflamação e na carcinogênese) nas células HT-29 e nas células macrófagas RAW264.7 de camundongos estimuladas por lipossacarídeos. Outro estudo de Deigner et al95 mostrou que 1-hidróxieugenol é um bom inibidor da 5-lipoxigenase e Cu2+ mediou a oxidação do LDL. Os estudos de Rompelberg et al96 mostrou que in vivo o tratamento de camundongos com eugenol reduziu a mutagenicidade do benzopireno. Na Salmonella typhimurium ensaios de mutagenicidade, considerando-se in vitro, o tratamento de cultura de células com eugenol aumentou a genotoxicidade do benzopireno.

 

Alimentos Integrais

Os principais alimentos integrais são trigo, arroz e milho; os de segunda linha são cevada, sorgo, painço, centeio e aveia. Grãos formam a parte mais importante da dieta de muitas culturas, mas a maioria dos alimentos, em países ocidentalizados, é produto refinado 97. Os grãos integrais contêm quimiopreventivos antioxidantes como vitamina E, tocotrienóis, ácido fenólico e lignanas e o ácido fítico. O conteúdo antioxidante dos grãos integrais é menor que de algumas bagas, mas é maior do que frutas comuns ou vegetais 98. O processo de refino concentra carboidratos e reduz a quantidade de outros macro nutrientes, vitaminas e minerais porque as camadas externas são removidas. Na realidade, todos os nutrientes com ações preventivas potenciais contra o câncer são reduzidos. Por exemplo, a vitamina E está reduzida em mais de 92% 99.

A ingestão de grão integral sabe-se que reduz o risco de muitos cânceres inclusive os da cavidade oral, faringe, esôfago, vesícula biliar, laringe, intestino, colo retal, trato digestivo superior, mamas, fígado, endométrio, ovários, glândula prostática, bexiga, rins e glândula tireóide, assim como linfomas, leucemias e mieloma 100,101.

A ingestão de alimentos integrais nestes estudos reduziu o risco de cânceres em 30-70% 102.

Como os alimentos integrais reduzem o risco de câncer? Muitos mecanismos potenciais foram descritos. Por exemplo, fibras insolúveis, um importante constituinte dos grãos integrais, podem reduzir o risco de câncer de intestino (103). Além disso, as fibras insolúveis sofrem fermentação, assim produzindo ácidos graxos de cadeia curta como o butirato, que é um importante supressor de formação tumoral (104). Os grãos integrais também mediam uma resposta favorável à glicose, a qual é protetora contra cânceres de mama e cólon (105). Também, muitos fitoquímicos dos grãos e pulsos foram relatados terem ação quimiopreventiva contra uma grande variedade de cânceres. Por exemplo, as isoflavonas (inclusive daidzein, genistein, e o equol) são compostos difenólicos encontrados em plantas leguminosas, possuindo atividades antiproliferativas. Descobriu-se que muitos, mas nem todos, os estudos mostraram correlações signnificativas entre uma dieta rica de isoflavona baseada em soja e a redução da incidência de câncer ou mortalidade de câncer em humanos. Nosso laboratório mostrou que os tocotrienóis, mas não os tocoferóis, podem suprimir a ativação do NF-κB induzida por muitos carcinógenos, portanto, levando à supressão de vários genes ligados com a proliferação, sobrevivência, invasão e angiogênese de tumores (106).

Estudos observacionais sugerem que uma dieta rica em soja soflavona (como a dieta típica da Ásia) é um dos fatores de contribuição mais significativos para a baixa observada na incidência e mortalidade de câncer de próstata na Ásia. Na base de resultados sobre dieta e os níveis da excreção urinária associados com daidzein, genistein e equol em temas japoneses comparados com resultados em assuntos americanos ou europeus, os isoflavonóides de soja foram propostos ser os agentes responsáveis para reduzido risco de câncer. Além de seu efeito no câncer de mama, o genistein e as isoflavonas relacionadas também inibem o crescimento da célula ou o desenvolvimento de cânceres quimicamente induzidos no estômago, bexiga, pulmão, próstata e sangue (107).

Vitaminas 

Embora controverso, o papel das vitaminas na quimioprevenção do câncer tem sido avaliado crescentemente. Frutas e vegetais são as fontes dietéticas principais de vitaminas com exceção da vitamina D. Vitaminas, especialmente as vitaminas C, D e E, são relatadas possuírem atividade de quimiopreventiva do câncer sem toxicidade aparente. 

Resultados de estudos epidemiológicos sugerem que os efeitos anticancerígeno/quimiopreventivo da vitamina C contra vários tipos de cânceres se correlacionam com suas atividades antioxidantes e com a inibição da inflamação na comunicação intercelular junção gap. Resultados de um estudo epidemiológico recente mostraram que uma elevação na concentração de vitamina C no plasma teve uma relação inversa com a mortalidade relacionada ao câncer. Em 1997, comitês de especialistas no Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Instituto Americano para Pesquisa de Câncer estimaram que a vitamina C pode reduzir o risco de câncer do estômago, boca, faringe, esôfago, pulmão, pâncreas e cérvice (108). 

Os efeitos protetores da vitamina D são o resultado de seu papel como fator de transcrição nuclear que regula o crescimento celular, diferenciação, apoptose e uma gama extensa de mecanismos celulares central para o desenvolvimento de câncer (109).

 

Atividade Exercício/Físico 

Há extensa evidência sugerindo que o exercício físico regular pode reduzir a incidência de vários cânceres. Um estilo de vida sedentário tem sido associado com muitas doenças crônicas. A inatividade física está ligada com risco aumentado de câncer de mama, cólon, próstata, pâncreas e do melanoma (110). O risco elevado de câncer de mama entre mulheres sedentárias que foi demonstrado devido a falta de exercício está associado a uma concentração estradiol mais elevada no soro, menor concentração de globulina ligadora dos hormônios, massa gorda maior e elevação dos níveis de insulina no soro. A inatividade física também pode aumentar o risco de câncer de cólon (provavelmente por causa de um aumento no tempo do trânsito GI, por aumentar assim o tempo de contato com carcinógenos potenciais), elevar os níveis circulantes de insulina (promovendo a proliferação de células do epitélio do cólon), alterar os níveis de prostaglandinas, deprimir a função imune e modificar o metabolismo ácido da bile. Adicionalmente, homens com um baixo nível de atividade física e mulheres com um índice de massa corpórea elevado é mais provável terem uma mutação Ki-ras em seus tumores os quais ocorrem em 30-50% dos cânceres de cólon. Uma redução de quase 50% na incidência de câncer de cólon foi observada entre aqueles com níveis mais elevados de atividade física (111). Semelhantemente, o aumento da testosterona no sangue e dos níveis de IGF-1 em imuno suprimidos devido a falta de exercício pode aumentar a incidência de câncer de próstata. Um estudo indicou que homens sedentários tiveram um aumento de 56% e as mulheres de 72% na incidência de melanoma do que aqueles que se exercitaram de 5 a 7 dias por semana (112). 

 

Restrições calóricas 

Jejum é um tipo de restrição calórica (RC) isso é prescrito na maioria das culturas. Talvez um dos primeiros relatórios que a RC pode influenciar na incidência de câncer foi publicada em 1940 sobre a formação de tumores de pele e hepatoma em ratos (113, 114). Desde então, foram publicados vários relatórios sobre este assunto (115, 116). Restrição dietética, especialmente RDC, é um importante modificador na carcinogênese experimental e é conhecida por diminuir significativamente a incidência de neoplasmas. Gross e Dreyfuss relataram que uma restrição de 36% na ingestão calórica diminuiu drasticamente tumores sólidos induzidos à radiação e/ou leucemias (117, 118). Yoshida et al. (119) também mostrou que a RC diminui a incidência de leucemia mielóide induzida por um tratamento único com irradiação de corpo inteiro em ratos. 

Como RC reduz a incidência de câncer não é totalmente compreendida. A RC em roedores diminui os níveis de glicose no plasma e da IGF-1 e adia ou atenua câncer e a inflamação sem efeitos adversos irreversíveis (120). Muitos dos estudos feitos sobre o efeito da RC em roedores são a longo prazo; porém, isso não é possível em humanos, que habitualmente praticam a RC transitória. O efeito que a RC transitória tem sobre o câncer em humanos não está claro.

CONCLUSÕES 

Na base dos estudos descritos acima, propomos uma hipótese unificando que todos os fatores de estilo de vida que causam câncer (os agentes carcinogênicos) e todos os agentes que previnem câncer (os agentes quimopreventivos) é unida por inflamação crônica (Fig. 10). O fato de que a inflamação crônica está intimamente ligada à via tumorogênica é evidente em numerosas linhas de evidência.  

 

Fig. 10

Ativam carcinógenos e os agentes quimopreventivos suprimem a ativação do NF-κB, um importante mediador da inflamação. 

Primeiro, marcadores inflamatórios como citoquinas (TNF, IL-1, IL-6, e quimoquinas), enzimas (COX-2, 5-LOX e metaloproteinase-9 [MMP-9]) e moléculas de adesão (molécula de adesão intercellular 1,molécula de adesão leucocítica do endotélio 1 e molécula de adesão de célula vascular 1) estão intimamente ligadas à tumorogênese. Segundo, todos estes produtos de genes inflamatórios foram mostrados ser regulados pelo fator de transcrição nuclear, NF-kB. Terceiro, NF-kB demonstrou-se que controla a expressão de outros produtos dos genes ligados à tumorigênese tais como célula de sobrevivência tumoral ou antiapoptose (Bcl-2, Bcl-xL, IAP-1, IAP-2, XIAP, survivin, cFLIP, e TRAF-1), proliferação (como c-myc e cyclin D1), invasão (MMP-9), e angiogênese (fator de crescimento do endotélio vascular). Quarto, na maioria dos cânceres, a inflamação crônica precede a tumorogênese. 

Quinto, a maioria dos carcinógenos e outros fatores de risco para câncer, que incluem a fumaça do cigarro, obesidade, álcool, hiperglicemia, agentes infecciosos, luz solar, estresse, carcinógenos de alimentos e poluente ambientais, mostrou que ativam a NF-kB. Sexto, NF a ativação constitutiva do NF-κB foi encontrada na maioria dos tipos de câncer. Sétimo, a maioria dos agentes  quimioterapêutico e radiação gama, usado para o tratamento de câncer, leva a ativação de NF-κB. Oitavo, a ativação do NF-κB é ligado a quimioresistência e radioresistência. Nono, a supressão do NF-κB  inibe a proliferação de tumores, leva a apoptose, inibe a invasão e suprime a angiogênese. Décimo, os polimorfismos do TNF, IL-1, IL-6 e os genes ciclina D1, encontrados em vários cânceres, são todos regulados por NF-kB. Também, mutações em genes que codificados por inibidores de NF-kB foram achados em certos cânceres. Décimo primeiro, quase todos os quimiopreventivos descritos acima mostraram suprimir a ativação do NF-kB. Em suma, esta revisão esboça a prevenção do câncer baseado nos principais fatores de risco para câncer. A porcentagem de mortes relacionadas ao câncer atribuível a dieta e tabaco é maior que 60-70% mundial. 

Reconhecimento 

Esta pesquisa foi apoiada pela Fundação Clayton para Pesquisa (B.B.A.).

Notas de Rodapé

Uma errata a este artigo pode ser encontrada em http://dx.doi.org/10.1007/s11095-008-9690


ACIDIFICAÇÃO E O CÂNCER

 

 

 Sabiam que no ano de 1931 um cientista recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DO CÂNCER?
Foi o senhor Otto Heinrich Warburg (1883-1970). Prêmio Nobel em 1931 por sua tese “A causa primária e a prevenção do câncer”.

Segundo este cientista, o câncer é a consequência de uma alimentação antifisiológica e um estilo de vida antifisiológico...Por quê? Porque uma alimentação antifisiológica – dieta baseada em alimentos acidificantes + sedentarismo, cria em nosso organismo um ambiente de ACIDEZ...A ACIDEZ por sua vez EXPULSA o OXIGÊNIO das células!..Ele afirmou: “A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro.”..Outra afirmação interessante: “As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio.”..Ou seja, um ambiente ácido, sim ou sim, é um ambiente sem oxigênio...E ele afirmava que: “Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena.”..Ainda segundo Warburg: “Todas as células normais tem como regra absoluta o oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio – uma regra sem exceção.”..E também: “Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos.”..Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Warburg demonstrou que todas as formas de câncer se caracterizam por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipoxia (falta de oxigênio). Também descobriu que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e NÃO PODEM sobreviver na presença de altos níveis de oxigênio; em troca, sobrevivem graças a GLICOSE sempre que o ambiente está livre de oxigênio… Portanto, o câncer não seria nada mais que um mecanismo de defesa que tem certas células do organismo para continuar com vida em um ambiente ácido e carente de oxigênio.

Resumindo:Células sadias vivem em um ambiente alcalino e oxigenado, o qual permite seu normal funcionamento:Células cancerosas vivem em um ambiente extremamente ácido e carente de oxigênio:IMPORTANTE:Uma vez finalizado o processo da digestão, os alimentos de acordo com a qualidade de proteína, hidrato de carbono, gordura, minerais e vitaminas que fornecem, gerarão uma condição de acidez ou alcalinidade no organismo.O resultado acidificante ou alcalinizante se mede através de uma escala chamada PH, cujos valores se encontram em um nível de 0 a 14, sendo PH 7, um PH neutro.É importante saber como os alimentos ácidos e alcalinos afetam a saúde, já que para que as células funcionem de forma correta e adequada, seu PH deve ser ligeiramente alcalino. Em uma pessoa saudável, o PH do sangue se encontra entre 7,40 e 7,45. Leve em conta que se o PH sanguíneo caísse abaixo de 7, entraríamos em estado de coma próximo a morte.

Então, que temos a ver com tudo isto?Alimentos que acidificam o organismo:* Açúcar refinado e todos os seus subprodutos – o pior de tudo: não tem proteínas, nem gorduras, nem minerais, nem vitaminas, só hidrato de carbono refinado que estressa o pâncreas. Seu PH é 2,1, ou seja, altamente acidificante* Carnes – todas* Leite de vaca e todos os seus derivados – queijos, requeijão, iogurtes, etc.* Farinha refinada e todos os seus derivados – massas, bolos, biscoitos, etc.* Produtos de padaria – a maioria contém gordura saturada, margarina, sal, açúcar e conservantes* Margarinas* Refrigerantes* Cafeína – café, chás pretos, chocolate* Álcool* Tabaco* Medicamentos, antibióticos* Qualquer alimento cozido – o cozimento elimina o oxigênio e o transforma em ácido – inclusive as verduras cozidas.* Tudo que contenha conservantes, corantes, aromatizantes, estabilizantes, etc.

Enfim: todos os alimentos enlatados e industrializados. Constantemente o sangue se encontra autorregulando-se para não cair em acidez metabólica, desta forma garantindo o bom funcionamento celular, otimizando o metabolismo. O organismo DEVERIA obter dos alimentos, as bases (minerais) para neutralizar a acidez do sangue da metabolização, porém todos os alimentos já citados, contribuem muito pouco, e em contrapartida, desmineralizam o organismo (sobretudo os refinados). Há que se levar em conta que no estilo de vida moderno, estes alimentos são consumidos pelo menos 3 vezes por dia, os 365 dias do ano!!! Curiosamente, todos estes alimentos citados, são ANTIFISIOLÓGICOS!!

Alimentos Alcalinizantes* Todas as verduras cruas (algumas são ácidas ao paladar, porém dentro do organismo tem reação alcalinizante, outras são levemente acidificantes porém trazem consigo as bases necessárias para seu correto equilíbrio); cruas produzem oxigênio, cozidas não.* Frutas, igualmente as verduras, por exemplo o limão tem um PH aproximado de 2.2, porém dentro do organismo tem um efeito altamente alcalinizante (quem sabe o mais poderoso de todos). As frutas produzem quantidades saudáveis de oxigênio!* Sementes: além de todos os seus benefícios, são altamente alcalinizantes, como por exemplo as amêndoas.* Cereais integrais: O único cereal integral alcalinizante é o milho, todos os demais são ligeiramente acidificantes, porém muito saudáveis!.. Todos os cereais devem ser consumidos cozidos.* O mel é altamente alcalinizante.* A clorofila das plantas (de qualquer planta) é altamente alcalinizante (sobretudo a aloe vera, mais conhecida como babosa).* Á água é importantíssima para a produção de oxigênio. “A desidratação crônica é o estressante principal do corpo e a raiz da maior parte de todas as enfermidades degenerativas”, afirma o Dr. Fereydoon Batmanghelidj.* O exercício oxigena todo teu organismo, o sedentarismo o desgasta.

O Doutor George W. Crile, de Cleverand, um dos cirurgiões mais importantes do mundo declara abertamente:“Todas as mortes mal chamadas “naturais”, não são mais que o ponto terminal de uma saturação de ácidos no organismo.”

Como dito anteriormente, é totalmente impossível que um câncer prolifere em uma pessoa que libera seu corpo da acidez, nutrindo-se com alimentos que produzam reações metabólicas alcalinas e aumentando o consumo de água pura; e que por sua vez, evita os alimentos que produzem acidez, e se abstém de elementos tóxicos. Em geral o câncer não se contrai nem se herda… o que se herda são os costumes alimentícios, ambientais e o estilo de vida que produz o câncer.

Mencken escreveu:“A luta da vida é contra a retenção de ácido”.“O envelhecimento, a falta de energia, o nervosismo, as dores de cabeça, enfermidades do coração, alergias, eczemas, urticária, asma, cálculos renais e arterioscleroses entre outros, não são nada mais que a acumulação de ácidos.”O Dr. Theodore A. Baroody disse em seu livro “Alkalize or Die” (Alcalinizar ou Morrer):“Na realidade não importa o sem-número de nomes de enfermidades. O que importa sim é que todas elas provêm da mesma causa básica: muito lixo ácido no corpo!”O Dr. Robert O. Young disse:“O excesso de acidificação no organismo é a causa de todas as enfermidades degenerativas. Quando se rompe o equilíbrio e o organismo começa a produzir e armazenar mais acidez e lixo tóxico do que pode eliminar, então se manifestam diversas doenças.”

E a quimioterapia? a maioria das  quimioterapias acidificam o organismo a tal extremo, que este recorre às reservas alcalinas do corpo de forma imediata para neutralizar tanta acidez, sacrificando assim bases minerais (Cálcio, Magnésio, Potássio) depositadas nos ossos, dentes, articulações, unhas e cabelos. É por esse motivo que se observa semelhante degradação nas pessoas que recebem este tratamento, e entre tantas outras coisas, se lhes cai rapidamente o cabelo. Para o organismo não significa nada ficar sem cabelo, porém um PH ácido significaria a morte